segunda-feira, 31 de maio de 2010

Análise: Split/Second


Split/Second é a mais recente produção da Black Rock Studios, conhecida pela sua grande experiência em desenvolver jogos de corridas, talvez este nome nos diga alguma coisa se mencionar que este estúdio foi responsável por PURE, um jogo de corridas off-road de moto-quatro lançado em 2008 que foi bem muito recebido pela crítica. Split/Second tem um conceito simples, destruir os carros adversários para ganhar a corrida, muito parecido com Blur, que também está prestes a ser lançado. Apesar de ambos se basearem em ideias semelhantes, existem algumas diferenças. Split/Second aposta na destruição de elementos das pistas enquanto Blur aposta em power-ups nos carros.

É impossível negar que Split/Second vai buscar inspiração a jogos como Burnout, esta foi a primeira sensação que tive quando comecei a jogar. As corridas são frenéticas, quando os carros explodem é peças a voar em todas as direcções, a condução é puro arcade e não conseguimos tirar o pé do acelerador, ou neste caso, o dedo do gatilho.

Outra coisa que reparei de imediato foi o extraordinário grafismo que o jogo apresenta. Visualmente é dos jogos de corridas mais bonitos que já joguei. A luminosidade está tão incrivelmente bem representada que até dá gosto ver a reflexão da luz na pintura cromada do carro. As sombras estão igualmente bem representadas e têm grande complexidade geométrica. A palete de cores usada na criação das pista e ambiente em redor é muito viva, isto chama logo a atenção do jogador e fica-se instantaneamente atraído pelo jogo. Os cenários estão carregados com pormenores, e no meio de tantas explosões, destroços, fumo, uma pessoa questiona-se como é possível acontecer tantas coisas no ecrã ao mesmo tempo.

A destruição dos cenários é incrível, existem pontes a cair, camiões e bombas de gás a explodirem, edifícios inteiros a ruírem, aviões a despenharem-se enquanto passámos pela pista de aterragem, derrocadas em desfiladeiros e mais outras situações inimagináveis. Mas, os carros apenas sofrem danos reais e desfazem-se em pedaços se formos afectados por uma “Power Play”, caso contrário, apenas vemos arranhões na pintura do carro.

Os gráficos podem ser aquilo que capta a atenção no começo, mas foi a emoção das corridas que me manteve preso e com vontade de fazer sempre mais uma corrida. Split/Second é um jogo repleto de adrenalina em que apenas respiramos de alívio no final da corrida.

Como referido antes, Split/Second baseia-se na destruição de certos objectos das pistas, a isto chama-se “Power Plays”. Para fazerem isto é simples, quando um adversário estiver a passar por um objecto e um ícone azul aparecer em cima do seu carro pressionem o botão indicado para explodirem esse objecto. Esta acção não pode ser executada sempre que quisermos, primeiro precisamos de encher uma barra que está localizada na traseira do nosso carro. Esta barra tem três slots e podem ser utilizados de várias maneiras. A sua função primária é a destruição de objectos, mas servem igualmente para abrir atalhos. Quando tivermos os três slots cheios, podemos accionar uma “Power Play” especial e de grandes proporções que por vezes até alteram o percurso da pista. Para encherem esta barra vão ter que deslizar nas curvas, aproveitar o vácuo de ar de um outro carro e escapar a explosões.

Esta mecânica é sólida, divertida e simples de utilizar, no entanto, contém os seus defeitos. Para começar, não podemos accionar “Power Plays” a qualquer momento, apesar destas serem consideravelmente abundantes. À medida que percorremos a pista as “Power Plays” vão sendo gastas por nós ou pelos adversários e quando chegámos à ultima volta, pouco ou nada há para destruir. Numa tentativa de resolver esta falha, repara-se que foram implementados helicópteros em localizações estratégicas da pista. Os helicópteros funcionam como uma “Power Play”, mas não se destroem, ao invés disso deixam cair barris explosivos se gastarmos um slot.

Por:Jorge Loureiro

Um comentário:

julio disse...

gostei muito da sua análise, é bem objetiva, e gostaria de acrescentar que um jogo como esse precisa de uma TV um pouco mais apropriada, pra não ter que aguentar aqueles malditos rastros na imagem, minha dica eh de uma TV com painel LCD avançado.

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