quarta-feira, 9 de junho de 2010
Análise: Alpha Protocol
Sempre gostei de um bom agente secreto, principalmente aquele que sabe que é bom no que faz, bem como age com estilo e de certa forma com algum grau de ética. Num filme, o guião ditará que tipo de agente secreto é o protagonista, num videojogo temos a possibilidade de o moldar à nossa forma. Uma pitada de charme, outra pitada de arrogância. Em Alpha Protocol, o protagonista Michael Thornton, ou simplesmente Mike, poderá ser aquilo que quisermos que seja, embora em termos de personalização muito limitado. Eu escolhi quase um "macho" assumido.
Alpha Protocol é a mais recente criação dos estúdios da Obsidian, onde encarnamos a personagem Michael Thornton, um agente secreto, que trabalha para o governo dos EUA, debaixo do Alpha Protocol. Como bom enredo de espionagem que é, tudo aquilo que conhecemos em filmes como James Bond, Jason Bourne, Missão Impossível e séries como 24, está incluído no pacote. Gadgets tecnológicos, espiões, bares, conflitos mundiais, traidores, chefes de grupos armados, meninas perigosas e muita boa dose de humor refinado. Não deixando claro os fatos a rigor, e as casas secretas para descanso do guerreiro.
Michael Thornton vê-se envolvido numa trama que no decorrer do jogo iremos nos aperceber que poderá estar fora do nosso controlo, principalmente por ser de magnitude mundial. Embora não seja baseado numa história verídica, Alpha Protocol retrata um mundo actual, onde os grupos armados, e principalmente o comercial mundial de armas dita o desenrolar da humanidade. O mundo não é um lugar seguro, e muitas vezes a informação é mais valiosa do que qualquer arma apontada. Vivem-se dias de conflitos internos, de manobras de bastidores, onde muitas vezes não sabemos o que é correcto e eticamente aceitável. A linha que separa dois mundos parece cada vez mais ténue, e Michael Thornton apesar de ser um agente bem preparado, terá que muitas vezes tomar decisões de carácter moral.
É indiscutível a semelhança de Alpha Protocol com Mass Effect. Desde os menus de interrogatório, às escolhas de armamento e até mesmo aos diversos aparelhos para desbloquear e descodificar, bem como parte da sua jogabilidade. Mas apesar das semelhanças, Alpha Protocol não perde a sua identidade, sendo completamente diferente na temática e design do jogo. Embora seja um RPG, a acção é o que mais podemos destacar no jogo. Tudo o que fazemos irá nos recompensar com pontos de consecução, que permitirá subirmos os níveis desejados em determinada característica. Queremos aperfeiçoar o combate corpo a corpo? Então investimos os pontos ganhos nessa qualidade. Isto também no manuseamento de cada arma, ou maior facilidade de desbloquear dispositivos. Estas opções são extremamente importantes na forma com que lidámos com desenrolar do jogo. Alguns bosses serão extremamente difíceis de vencer de não estivermos bem artilhados e com as nossas habilidade sempre actualizadas.
Michael Thornton irá percorrer um pouco pelo mundo. Em cada país temos acesso a uma casa de segurança, pertencente ao Alpha Protocol. As coisas não correm bem na primeira missão, e Michael Thornton vê-se fora do Alpha Protocol começando a trabalhar por conta própria. Alguém tentou matar Michael Thornton na primeira missão, e o que à partida parecia uma simples missão, torna-se rapidamente num conflito mundial de interesses económicos e políticos. Apesar de estarmos fora do Alpha Protocol, ainda temos acesso a todo o sistema, incluindo acesso a armamento, fundos e as casas de segurança. Isto devido a conhecimentos dentro da própria agência, que acima de tudo querem servir o seu país e não apenas a um organismo. A busca pela descoberta da tentativa de assassinato leva Michael Thornton a se confrontar com as mais perigosas personagens mundiais, quer dentro dos meandros do crime, que nas mais altas patentes políticas.
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