sexta-feira, 23 de julho de 2010

Análise: Dragon Ball Origins 2


Quem é que nunca ouviu falar de Dragon Ball? Certamente se a vossa infância ou adolescência foi na década de 90 conhecem este famoso anime que encantou meio mundo. Apesar do anime já ter chegado ao seu final há muito, os jogos baseados na sua licença continuam a serem lançados nas mais variadas plataformas e Dragon Ball Origins 2 para a Nintendo DS é mais um desses jogos. Com um mercado sobrecarregado deste tipo de jogos, será que a aquisição de Dragon Ball Origins 2 valerá a pena? Bem, continuem a ler para descobrirem.

Esta sequela dá continuidade à aventura de Goku enquanto criança. O foco central da história em Origins 2 é a luta contra o temido exercito da legião vermelha, embora sejam abordados outros ângulos durante o enredo. O início dá-se um ano após os acontecimentos do original, com Goku à procura da bola de cristal de quatro estrelas, um estimado presente do seu avô. Não tarda nada vamos dar de caras com o coronel Silver e descobrimos que a legião vermelha está a procurar as bolas de cristal com a intenção de dominar o mundo.





O contar da história é excelente, ver os episódios na televisão ou jogar Dragon Ball Origins 2 é quase a mesma coisa dado o nível de fidelidade em relação ao anime. A semelhança é tanta que existe um sentimento de nostalgia quando lutamos contra Tao Pai Pai ou quando invadimos o quartel da legião vermelha. Todos aqueles momentos memoráveis do anime estão presentes e incrivelmente bem representados. Nem os momentos humorísticos foram deixados de fora, ainda me ri quando vi o Tartaruga Genial a esguichar sangue do nariz ao ver as partes privadas de Bulma.



Embora seja principalmente um jogo de aventura existem elementos RPG que permitem a evolução das personagens. Os parâmetros que podemos evoluir são três: “Heart”, “Health” e “Skills”. “Heart” diz respeito à barra “Super Gauge” que é basicamente a quantidade de energia que podemos armazenar para depois executarmos um ataque especial, que no caso do Goku é um Kamehameha. Ao evoluir o parâmetro “Health” aumentamos a nossa barra de vida e ao evoluir o parâmetro“Skill” aumentamos o dano dos nossos ataques. São necessários “Training Points” para a evolução da personagem, estes surgem de objectos destruíveis ou inimigos enquanto percorremos os níveis.

Goku vai ficando mais forte à medida que a aventura se desenrola e como tal vai aprendendo novas habilidades e ataques. É dada a possibilidade ao jogador de alternar entre o combate normal (com os braços e as pernas) e o combate usando o bastão mágico. Cada estilo de combate tem as suas vantagens, ao combater com o bastão mágico os golpes tem um maior alcance e atingem vários inimigos de uma só vez, mas por outro lado os ataques são mais lentos do que se combatermos usando o nosso corpo. A debilidade aqui é não podermos alternar rapidamente entre o bastão mágico e os nossos punhos, o que impossibilita a criação de combos maiores.

Fiquei surpreendido com a variedade apresentada, no entanto, existe também alguma repetitividade. Há variedade no sentido que ao longo do jogo os níveis e inimigos são diversificados mas é repetitivo porque a forma de progressão é sempre a mesma. Iniciamos um episódio, enfrentamos vários inimigos e no final enfrentamos sempre um boss. Ainda assim, o jogo consegue escapar a esta monotonia em alguns momentos, nomeadamente quando aparecem uns quebra-cabeças (que são simples) ou quando subimos a torre de Karin.



Uma coisa que podia estar melhor implementada são os “Save Points”. A regra geral é aparecerem apenas uma vez por nível e estarem localizados lá mais para o final. Aconteceu-me algumas vezes perder quando já estava bem avançado num nível, e como ainda não tinha chegado ao “Save Point”, era obrigado a repetir tudo de novo. Confesso que devido a isto, foram várias as vezes em que desliguei a consola e apenas lhe voltei a pegar horas depois.

A personagem com que passarão mais tempo é certamente Goku (não fosse ele a personagem principal deste anime), mas será vos dada a oportunidade de controlar outras personagens conhecidas como Krillin, Bulma, Arale, Androide 8 e Yamcha. Cada uma delas têm movimentos e habilidades próprios que lhes garantem uma identidade única.

Por vezes nos confrontos com os bosses Dragon Ball: Origins 2 torna-se num jogo de luta 2D. A mecânica e os controlos permanecem iguais, mas pessoalmente prefiro este tipo de combate pois aproximam-se mais dos combates observados no anime.

Os extras são abundantes, ao fim de completarem a história principal têm vários episódios extra para completarem. Adicionalmente têm ainda figuras para desbloquear e coleccionar e um “Survival Mode” aonde podem enfrentar todos os Bosses do jogo com a personagem ao vosso gosto.

Apesar de algumas falhas menores, Dragon Ball: Origins 2 continua um jogo bom e facilmente recomendável a qualquer fã do anime caso estejam com saudades e sintam a vontade de reviver esta aventura marcante e divertida.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito boa a analise. Estava pesquisando sobre o jogo e esta analise me fez pensar bastante.

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