segunda-feira, 19 de abril de 2010

Análise: Prison Break: The Conspiracy



Como produzir um jogo tendo por base a primeira temporada de uma das série mais vistas em todo o mundo nos últimos tempos? Ainda para complicar as coisas, como produzir um jogo onde todos os que seguem a série sabem o desenrolar da história, e mais que isso, já estão em temporadas à frente? Ou ainda pior, onde a primeira temporada é toda ela passada numa prisão, onde a liberdade de movimentos é restrita? Um trabalho complicado, ao qual a Zootfly tentou arriscar a sua sorte.

Falo claro de Prison Break, e para quem ainda não ouviu falar, ou se ainda não viu, aconselho vivamente, pois é, para mim, uma das melhores series dos últimos tempos.

Quando ficámos a saber que haveria um jogo vindo directamente da primeira temporada de Prison Break, pensei de imediato que a equipa de produção teria uma dificuldade enorme de conseguir transpor todo o ambiente da prisão de Fox River para um videojogo. Teriam duas alternativas, ou criavam um jogo tendo por base a recriação para videojogo da temporada, ou criavam uma história paralela (algo mais confortável), que pudesse sustentar todo o ambiente bem como as personagens que nós tão bem conhecemos.

Para além de tudo isso, e perante as dificuldades de produção pela qual a Zootfly passou, é perfeitamente notório que a equipa jogou pelo seguro, não arriscando demasiado no enredo nem na concepção artística, nomeadamente o aparecimento das personagens principais de uma forma constante e mais próxima, dando-nos um jogo sólido na sua base, mas demasiado simples para os padrões actuais.

Tendo assim por base a primeira temporada, em vez de controlarmos uma personagem principal da série, somos o agente da Companhia, Tom Paxton, que iremos entrar na prisão de Fox River disfarçado de prisioneiro, para controlar Michael Scofield e assegurar que Lincoln Burrows seja executado na cadeira eléctrica. No fundo, temos toda a história base, que em pequenos momentos chave iremos ver e passar pelo que foi visto na série. Acrescento, pequenos momentos mesmo.

Prison Break dá-nos assim uma história paralela, onde tentamos apenas cumprir ordens da Companhia. Mas conforme entrámos mais a fundo no enredo, descobrimos que algo mais se passa na prisão de Fox River, e que outros interesses estão por detrás da Companhia. O jogo é na terceira pessoa, tendo uma componente stealth muito forte, não fossemos nós um prisioneiro numa prisão de alta segurança.

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