sexta-feira, 23 de abril de 2010

Análise: Supreme Commander 2


Depois da primeira aparição em 2007, e com a crítica especializada rendida à sua qualidade, Supreme Commander está de volta para a segunda ronda. Ainda bem que assim acontece, já que sou grande aficionado de jogos de estratégia, e depois de nos últimos tempos terem passado pelas mãos algumas desilusões, como foi o caso de Command & Conquer 4: Tiberian Twilight que muito pouco tinha de estratégia.

Supreme Commander 2 tenta dar continuidade ao original, mas também introduzir algumas novidades. É difícil surpreender pela segunda vez, isso é notório durante todo o jogo, quer pelo seu grafismo algo datado, pelo demasiado facilitismo e até por alguns problemas que mais à frente irei mencionar.

Neste segunda incursão temos novamente ao nosso dispor três facções, com inúmeros tanques, aviões e navios. Estrategicamente continua muito similar ao anterior, com centenas de unidades para controlar, um raio de acção imenso e uma jogabilidade quase intocável. Mas lamentavelmente a dimensão geral foi reduzida, os mapas são mais pequenos e a tempo de duração das missões também foi reduzido. É claro que isto poderá atrair outro tipo de jogadores, certamente que o caminho escolhido pela Gas Powered Games foi previamente bem pensado, mas podem ter afastado os puristas da estratégia que adoram jogos intensos, genuínos e sobretudo fiéis às bases que fundamentam este género de jogo.

Adianto desde já que não irão ficar totalmente desapontados com o jogo, apesar da atribuição de uma diferente abordagem, quando o comparamos com Supreme Commander. Estamos perante um jogo bem mais estratégico no comando das unidades, relegando um pouco para segundo plano a parte económica. Há que estudar bem o mapa, as posições ocupadas pelo inimigo e suas respectivas unidades. Já não basta criar dezenas de unidades e as enviar na direcção no nosso oponente, temos que utilizar a nossa massa cinzenta para levar avante os nossos intentos. Mas existe de certa forma uma contradição, já que apesar de ser estrategicamente mais exigente na deslocação e selecção das unidades, é também bem menos rigoroso em relação à perícia do jogador, pelo facto de não exigir tanto da complexa componente económica presente no original.

Outro aspecto revisto nesta segunda incursão foi a pesquisa por novas tecnologias durante o jogo e respectivos upgrades das unidades e infra-estruturas. A investigação está associada e dependente dos pontos de Pesquisa, que são acumulados com o tempo. Podemos habilitar as unidades e edifícios com escudos, com melhor armamento, mais capacidade para suster danos e até criar unidades experimentais muito poderosas. A árvore de pesquisa pode ser um pouco confusa, muito pelo facto da escolha ser abundante e sobretudo devido à enorme variedade de unidades, sejam elas terrestres, navais ou aéreas. Confesso que muitos dos upgrades e pesquisas escolhidos por mim são completamente ao acaso, tirando partido dos muitos pontos acumulados para o efeito.

Por Adolfo Soares (eurogamer)

Um comentário:

henrique disse...

caraca q muito loko esse jogo, ele tem um gráfico muito bem definido, agora fico imaginando essa qualidade num monitor com lcd avançado, deve ficar muito mais legal =D

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